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Frente a frente com o inimigo Olhos nos olhos! O rancor era uma ponteque interligava-nos somente pelo olhar.Éramos nós, apenas nós, naquele frontee essa batalha enfim achou o seu lugar.Não houve estrondos luminosos no horizonte.As armas eram de ferir, não de matar. Fui o primeiro a disparar as bateriase despejei-lhe tudo que me vinha à mente.Interpelei-o pela vil patifariade sabotar a minha vida totalmente.Pois ele tudo destruiu por onde iae não poupou nada que visse em sua frente. Mas o revide veio logo na sequênciae ele acusou-me de ter ido por caminhosque eu não devia, caso ouvisse a consciência.E insinuou que destruí a mim sozinhoe que ele apenas, por um gesto de clemência,pôs um final em meu insano torvelinho. Vociferei que ele mostrou-se um traidor,que não correu quando o chamei em meu socorro.Que me deixou sempre à mercê da minha dor;que inerte viu meu coração sangrar em jorros;que nunca deu um só apoio pelo amore agora ri-se quando vê que quase morro. E com sorrisos de ironia em sua faceele jurou não ter prazer com minha morte.Mas, mesmo assim, gargalharia se eu chorasseporque fui eu que construí a minha sortee que jamais, fosse qual fosse o desenlaceeu soube ouvir uma palavra que conforte. Mas, de repente, não sei bem porque, calamos. E esse silêncio se instaurou como armistício.Nós estivemos em disputa há tantos anose só agora é que quisemos pôr fim nisso.Esse confronto nunca esteve em nossos planos,mas a batalha derradeira teve início. Vi-me, batido, sucumbir de olhos vermelhos.Mesmo querendo resistir, ali caí!E ele exigiu que eu me pusesse de joelhos.Vi o inimigo, como outrora nunca vie em desespero, enfim, quebrei aquele espelho.Já não o vejo e mesmo assim ele está aqui! .oOo.
OBED DE FARIA JUNIOR
Enviado por OBED DE FARIA JUNIOR em 15/01/2010
Alterado em 15/01/2010
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