Também assim me chamam
O que vês não é toda verdade,
basta olhar com cuidado e verás.
Eu sou isto que vês, mas por trás
disto tudo há bem mais claridade.
Desafio a cruel sanidade
e aventuro-me a ser muito mais.
Faço aquilo que tu és capaz,
acomodo-me e fico à vontade.
Raro sou e por ser raridade
incomodo a quem não se compraz
ante aquilo que novo se faz.
Junto as partes que estão na metade,
uno tudo num todo que agrade,
numa forma que é firme e tenaz.
Ignoro o que é fraco e fugaz.
Onde passo eu me deixo em saudade.
Reinvento o que mau com bondade.
Enviado por OBED DE FARIA JUNIOR em 28/08/2009
