Sentimento Crônico

Cheio de prosa! Poesia, vide verso!

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Noite quente



 
     Ah! Eu bem que ficaria mais feliz se a tal “noite quente” fizesse referência a alguma atividade extraordinariamente excitante que tivesse acontecido à noite; porém, não é o caso. Trata-se deste calor infernal que chegou com o verão. O clima quente em excesso me incomoda demais.

     Um dos fatores que mais me incomodam é o suor constante. Eu, que certamente não fui ungido pelos deuses, mesmo assim, me sinto besuntado e pronto para ser servido... aos insetos, é claro. Por mais asseado que seja o ambiente, os malditos mosquitinhos sempre aparecem e ficam picando a gente nos lugares mais incômodos para serem coçados.


     Além disso, o clima quente favorece à indolência e, assim, tudo aquilo que deveria ser feito com prontidão acaba sendo deixado para depois. E “depois” nem sempre chega! A despeito dessa preguiça que se instala o sono, que é bom, fica dificultado.


     Eis aí o trágico cenário de uma noite quente! E eu me pego suado, coçando, indisposto para qualquer atividade e, pior de tudo, absolutamente insone.


     Daí, entre uma cerveja e outra – porque ninguém é de ferro – vou destilando meu tédio sob a forma de uma irritação gratuita. Tudo me irrita. Qualquer barulho me irrita. O silêncio me irrita. O ar parado me irrita. O vento me irrita. Com o perdão da expressão, eita situação filha-da-puta. (Filhadaputa se escreve tudo junto? Sei lá! A reforma ortográfica me irrita!).


     Qual a solução? Não sei! Aliás, não saber como terminar esta divagação absolutamente escrota, também me irrita. Então, dou-a por encerrada; e ponto!

Enviado por OBED DE FARIA JUNIOR em 14/01/2009




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